Futebol brasileiro em crise, com a dívida milionária dos clubes.
Em 2003, os 21 maiores clubes brasileiros de futebol deviam 1,7 bilhão de reais. Em 2008, esta dívida ultrapassou os 3,2 bilhões de reais, quase que dobrando, numa demonstração evidente de que a administração do futebol brasileiro é uma aberração.
Estes dados constam de reportagem da Folha de S.Paulo, de 2008, que revela que o clube que mais deve é o Vasco da Gama, que na epoca jogava na Segunda Divisão, com 380 milhões de reais.
Segundo a reportagem, a análise dos balanços dos clubes brasileiros revela um futebol cada vez mais falido, com o crescimento da dívida dos principais clubes em 26,2%, no ano passado - isto antes da vinda de Ronaldo para o Corinthians, de Adriano para o Flamengo, de Fred para o Fluminense, entre outras contratações milionárias, como as dos treinadores Muricy Ramalho pelo Palmeiras e Vanderley Luxemburgo pelo Santos.
O Governo da República, de acordo com a reportagem, estuda formular um pacto de responsabilidade fiscal com os clubes, mas os cartolas pedem dinheiro em troca - isso um ano depois da instituição da Timemania, pela qual o governo pretendia solucionar o problema dos clubes (que continuam gastando sem o respaldo da devida receita, com raras exceções, como o Internacional e o Atlético Paranaense, que praticamente não tem dívidas).
O Corinthians, com todo o espetáculo promovido pela volta o Ronaldo e patrocínios, ainda deve 134,6 milhões de reais. Ronaldo ganha 400 mil reais de salários mensais, mais participação nos patrocínios.
O Flamengo, por sua vez, deve 333,33 milhões de reais - e Adriano ganha salários de quase 200 mil reais, além de ganhos nos patrocínios.
O Santos deve 148 milhões de reais e o Palmeiras deve quase 200 milhões de reais, mesmo assim fizeram contratos milionários com seus treinadores Luxemburgo e Muricy, respectivamente, estimados em 500 mil reais mensais cada um (ou 6 milhões de reais/ano).
"O que vemos é cada clube vender percentuais dos direitos federativos dos seus atletas, antecipar receitas da TV, de patrocínios e até de bilheterias, agora, O que vão fazer depois?", indaga Carlos Aragaki, da Casuas Auditores, que analisou a situação do futebol brasileiro.
Na verdade, raros são os clubes profissionalmente administrados no Brasil, que evitam gastar mais do que faturam - mesmo que a torcida não compreenda que este é o segredo do sucesso num futuro não muito distante, para clubes como o Atlético Paranaense e o Internacional.
Estes dados constam de reportagem da Folha de S.Paulo, de 2008, que revela que o clube que mais deve é o Vasco da Gama, que na epoca jogava na Segunda Divisão, com 380 milhões de reais.
Segundo a reportagem, a análise dos balanços dos clubes brasileiros revela um futebol cada vez mais falido, com o crescimento da dívida dos principais clubes em 26,2%, no ano passado - isto antes da vinda de Ronaldo para o Corinthians, de Adriano para o Flamengo, de Fred para o Fluminense, entre outras contratações milionárias, como as dos treinadores Muricy Ramalho pelo Palmeiras e Vanderley Luxemburgo pelo Santos.
O Governo da República, de acordo com a reportagem, estuda formular um pacto de responsabilidade fiscal com os clubes, mas os cartolas pedem dinheiro em troca - isso um ano depois da instituição da Timemania, pela qual o governo pretendia solucionar o problema dos clubes (que continuam gastando sem o respaldo da devida receita, com raras exceções, como o Internacional e o Atlético Paranaense, que praticamente não tem dívidas).
O Corinthians, com todo o espetáculo promovido pela volta o Ronaldo e patrocínios, ainda deve 134,6 milhões de reais. Ronaldo ganha 400 mil reais de salários mensais, mais participação nos patrocínios.
O Flamengo, por sua vez, deve 333,33 milhões de reais - e Adriano ganha salários de quase 200 mil reais, além de ganhos nos patrocínios.
O Santos deve 148 milhões de reais e o Palmeiras deve quase 200 milhões de reais, mesmo assim fizeram contratos milionários com seus treinadores Luxemburgo e Muricy, respectivamente, estimados em 500 mil reais mensais cada um (ou 6 milhões de reais/ano).
"O que vemos é cada clube vender percentuais dos direitos federativos dos seus atletas, antecipar receitas da TV, de patrocínios e até de bilheterias, agora, O que vão fazer depois?", indaga Carlos Aragaki, da Casuas Auditores, que analisou a situação do futebol brasileiro.
Na verdade, raros são os clubes profissionalmente administrados no Brasil, que evitam gastar mais do que faturam - mesmo que a torcida não compreenda que este é o segredo do sucesso num futuro não muito distante, para clubes como o Atlético Paranaense e o Internacional.
Clubes como Flamengo, Corinthians e São Paulo estão conseguindo bons resultados com seu departamento de marketing, mas ainda estão muito longe de atingir números parecidos com os obtidos com clubes europeus.
Eu já fui a uma partida de futebol na Europa e no dia do jogo, existem diversas lojas no estádio vendendo todos os tipos de produtos que você puder imaginar. Além de uniformes, você pode comprar canecas, bandeiras, flâmulas, roupas para bebês, “mini-craques”, bolas e diversos outros tipos de produtos.
Pegando o Manchester United como exemplo, temos uma boa noção de como uma marca pode ser forte sendo bem administrada. O clube inglês deve ter no máximo uns 4 milhões de torcedores, mas a marca dele com certeza vale umas 100 vezes mais que o Flamengo, que possui uma torcida muito maior.
Os clubes do Brasil precisam urgentemente investir em suas marcas.
Bilheteria sempre é a principal fonte de renda de um time. Mas para que o torcedor tenha vontade de ir ao estádio, além do clube ter uma boa campanha, fatores como segurança, estacionamento, transporte público e infra-estrutura do evento pesam muito na decisão de ir ao jogo.
Ir ao estádio esta cada vez mais caro e nossos dirigentes ao invés de pensar uma maneira inteligente e criativa de atrair o público, resolvem aumentar o valor do ticket para compensar uma política errada de meia-entrada e assim, tentar aumentar sua receita.
Outra fonte de receita é a loteria Timemania, mas infelizmente para os clubes ela não emplacou e, por exemplo em 2009, tivemos menos apostas que em 2008. Uma reformulação no jogo é necessária para atrair novos jogadores, pois do jeito que esta, a tendência é cair mais ainda.
Então, a tábua de salvação dos clubes acaba sendo arrumar um bom patrocínio e a venda dos jogadores para o exterior. Revelações como Philippe Coutinho do Vasco são vendidas cada vez mais cedo, a preços menores que deveriam ser, e assim, os clubes amenizam suas dividas e “tampam o céu com a peneira”, maquiando uma triste realidade.
Muita coisa deve ser feita, e faço um alerta especial para o Vasco da Gama. Será que a dívida sempre foi alta e o Eurico Miranda escondia, ou a gestão do Roberto Dinamite esta com um buraco grande e complicado de fechar?
Segue abaixo os “Campeões de Dívida” do futebol brasileiro:
Dívidas dos clubes brasileiros em 2009 (milhões de reais):
1º Vasco – R$ 377.854.000
2º Flamengo – R$ 333.328.000
3º Fluminense – R$ 320.721.000
4º Atlético-MG – R$ 283.334.000
5º Botafogo – R$ 265.424.000
6º Corinthians – R$ 255.164.000
7º Palmeiras – R$ 197.229.000
8º Internacional – R$ 176.906.000
9º Santos – R$ 175.565.000
10º Portuguesa – R$ 155.568.000
11º Grêmio – R$ 154.638.000
12º São Paulo – R$ 148.380.000
13º Cruzeiro – R$ 131.578.000
14º Vitória – R$ 91.313.000
15º Coritiba – R$ 52.994.000
16º Náutico – R$ 49.857.000
17º Atlético-PR – 37.028.000
18º Paraná – R$ 27.303.000
19º Figueirense – R$ 10.940.000
20º São Caetano – R$ 3.137.000
Engraçado é que na Europa, principalmente Itália e Inglaterra, alguns clubes são rebaixados como punição. O maior exemplo foi o Napoli. Se a moda pegasse no Brasil o campeonato Brasileiro seria só de time de várzea.
Não entendo como esses clubes devem horrores e mesmo assim fazem contratos milionários. Ate na Espanha é assim. O Real Madrid tem o time mais caro do mundo e uma das maiores dividas também.
se o futebol nao tivesse virado basicamente um negocio, salarios nao seriam tao irreais, nao moveria esse rio de dinheiro de especulaçoes e patrocinios e consequentemente os times nao estariam nessa situaçao.
ResponderExcluirBasta ver que times que resolveram nao entrar de cabeça nessa merda nao lucram mas tambem nao devem, como eh o caso do Juventus por exemplo...